Esse é o título de meu primeiro livro, lançado há dez anos. Posso dizer que a obra foi sucesso e muita gente leu minhas histórias de vida, especialmente aquelas do campo profissional.
No entanto, há quem ainda me pergunte:
– Marcelo, que história é essa de “gente não é salame”?
Pois bem, aproveito este canal virtual para explicar o porquê essa expressão, tão importante na minha filosofia sobre o mundo da gestão e dos negócios.
Na época, em que eu trabalhava no Bompreço, tivemos uma reunião destinada a discutir a redução de custos. Como é comum nessas situações, logo alguém sugeriu diminuirmos o número de funcionários.
Lembro-me de que um executivo radical defendeu a demissão de 15% dos colaboradores. Pensando na qualidade do atendimento, um mais moderado argumentou que esse corte deveria ser de 5%.
Foi aí que um ex-colega, Emilio Carazzai, indignado com aquele jogo de números, insurgiu-se com severidade:
– Cuidado com essa conversa! Gente não é salame! Gente não se corta, não se fatia!
Sed et aliquam tincidunt ut sed porttitor nunc et etiam molestie arcu donec venenatis nulla nunc massa tellus mauris vitae lorem sit semper natoque fusce lectus urna.
Marcelo Silva
Admito que aquela intervenção me impactou tremendamente. O conceito tinha sido exposto de maneira clara e transparente.
A gente fatia salame na padaria do Seu Joaquim. A gente fatia queijo no armazém da Dona Joana. Mas gente não se pode fatiar. É preciso ter respeito e consideração quando falamos de pessoas.
Porque uma companhia pode ter prédios grandiosos, computadores de última geração, veículos modernos e mobiliário de luxo, mas de que isso tudo serve se não tiver a energia, a inteligência e a alma das pessoas?
Os indivíduos de carne e osso inventam, criam, inovam, organizam, cativam, fidelizam e geram valor, para a empresa e para a sociedade.
E quando recebem seus salários empregam esse dinheiro para sustentar suas famílias. É esse consumo que faz girar a roda da economia.
Muitas vezes, o foco obsessivo no bottom line faz com que as empresas só pensem em enxugar o quadro de funcionários.
Com isso, de início, economizam e produzem saldos positivos em seus livros contábeis. No médio e longo prazo, no entanto, perdem talentos, conhecimentos e trunfos competitivos.
Pessoas jamais podem ser descartadas como se fossem peças ou equipamentos. Porque cada indivíduo guarda dentro de si um valioso acervo de informações, vivências e saberes
São esses ativos intangíveis que compõem uma empresa e a mantêm viva, saudável e confiável.
Ok, nem sempre é possível manter intacto o quadro de colaboradores. Crises internas e externas, processos de fusão, remanejamentos, reestruturações e questões pessoais naturalmente promovem uma rotatividade de pessoal.
No entanto, convém que os gestores reflitam bastante antes de dispensar pessoas. Muitas vezes, o funcionário cortado é justamente aquele que motivava o time e poderia disparar a faísca da revolução criativa.
No futebol, os locutores costumam se referir à popular “lei do ex”. Ou seja, em um jogo qualquer, é bem provável que um determinado atleta marque um ou mais gols contra seu ex-clube, ou seja, contra a agremiação que o dispensou.
Não é diferente no mundo corporativo. Pense nisso. Não reforce o adversário com os craques de sua equipe. Não permita que a concorrência tenha fácil acesso ao seu tesouro de conhecimentos.
Enfim, gestão de verdade não se faz com facão. Porque gente não é salame!
Mauris viverra mi sollicitudin est nunc, tincidunt risus massa nunc proin ipsum fames aliquet vel etiam nulla pretium magna quam a porta vitae eget pellentesque nunc malesuada at nisi purus orci, fermentum consectetur iaculis eu morbi elit mauris in felis massa in vitae parturient purus magna aliquet phasellus odio in suscipit arcu amet, magna molestie in iaculis augue condimentum cras molestie vestibulum pharetra risus.
